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Moral da história 

06/03/2017

Tratava-se do recapeamento do trecho de acesso  ao condomínio. Obra realizada a cerca de trinta anos, já conta com os indefectíveis buracos, de diâmetro maior  justo na transição com a pista principal , hoje em dia bem mais movimentada e  perigosa, o que nos obriga a frenar de forma brusca  antes dela sair. 

Tomei um susto quando abri o email da minha empresa favorita e dei de cara com proposta de três páginas prenchidas integralmente com letras miúdas. A itemização em algarismos romanos ia até o número “V” e a subitemização até a letra “v”, um alfabeto inteiro para o recapeamento de um trecho de menos de 300 m2 ainda em boas condições .

A logo colorida da certificação PBQPH, em destaque no cabeçalho da primeira página da proposta serviu para matar a charada …antes do cliente a empresa deve atender à norma , ou a certificadora , ou até o certificador. 

A constatação acima é minha , mas foi corroborada do que depreendi  da palestra proferida pelo diretor do Inmetro Antonio M.R. Terra na última reunião do Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação (CTECH) , preocupado que está com o fato do certificador fazer questão de minúcias, ficar apegado a um roteiro pronto e levar menos em consideração que o foco do sistema de gestão da qualidade da empresa  é a satisfação do cliente.

Solicitei proposta a três empresas e uma até me respondeu  por WhatsApp. Coincidentemente os valores eram bem similares , assim como a discriminação ,genérica, dos serviços o que me fez optar pela proposta favorita , a da empresa com a logo em destaque. 

Na execução dos serviços todavia ,foi que pude me dar conta do erro cometido … a empresa  realizava apenas o recapeamento de 1/3 da área que eu previra , o de pior estado. Ao checar sua proposta , me dei conta que a metragem, uma das  informações mais importantes junto de preço, descrição, prazo, não havia sido inserida . 

Como resolvemos o problema , ou ainda estamos , não vem ao caso , mas fica a moral da história; enquanto a formalidade tergiversa em propostas rebuscadas de “n” itens, a informalidade passa o que interessa pelo WhatsApp, pode não ser padrão “A” como faz questão o certificador , mas atende bem a expectativa do cliente .  

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